Uma
das obras mais queridas do público visitante do Museu Casa da Hera (antiga
residência de uma família herdeira do áureo período cafeeiro fluminense) é o
quadro de Eufrásia Teixeira Leite. Trata-se de uma pintura a óleo, pintada na
França no século XIX, que retrata a elegância e a beleza da última proprietária
da casa.
(Eufrásia Teixeira Leite, 1887. Carolus Duran. Museu Casa da Hera)
É
claro que nós, visitantes, gostamos do todo: as flores do jardim, a paz do
túnel de bambus na grande chácara, a cor viva dos papéis de parede da casa, a
louça pomposa do jogo de jantar, a delicadeza dos lustres, o peso das cortinas,
o luxo das roupas, o ranger da madeira antiga do piso: aquele ar inebriante de
passado. Portanto, não faltam objetos que servem como suporte de memória de um
tempo próspero, para adorarmos naquele museu: mas certamente é a imagem da
proprietária que dá rosto àquele passado, é ela que dá alma à história da casa.
A imagem de Eufrásia (financista que decuplicou a fortuna do pai e benemérita
que doou o patrimônio em testamento para instituições de caridade, de ensino e
de pesquisa) é o que nos faz sonhar.
Quem
pintou esse quadro de fundo vermelho imponente? Será que bastaria tentar ler a
assinatura do quadro (muitas vezes algo que se precisa decifrar) para saber
quem foi o autor? Teria sido alguém importante? Famoso? Quais relações ele
manteve com Eufrásia? Pintou outras mulheres da burguesia ou da aristocracia?
Trabalhando
em um texto sobre a história do museu, recorri aos materiais já impressos sobre
a história de Eufrásia e sobre a casa: não eram muitos, infelizmente. Dizia um
dos antigos folhetos do IPHAN que o pintor se tratava de “Lawlis Duray”. Olhei
para a reprodução do quadro e, influenciada pela tradução que a instituição
mantenedora do quadro um dia informou, li a mesma coisa: “Lawlis Duray” era o
que parecia ser aquela assinatura estilizada no alto, à esquerda do quadro. O
“L”, porém, era uma birra minha, pois parecia estar em minúscula e bem
curvilíneo. Coisa de artista, pensei.
Procurei
por Lawlis Duray em livros e em artigos pela internet e não encontrei nada. Ao
que parece, ele nunca existiu. Tratava-se apenas de uma decifração mal sucedida
da assinatura do quadro. Mas foi a própria instituição que percebeu o erro e já
o corrigiu. A assinatura diz “Carolus Duran”, informaram-me os funcionários do
museu. Revi o “n” de longa perna que parecia um “y”, entendi como era fácil ser
confundido por ela, e fui pesquisar quem foi Duran. Encontrei algumas
referências, sempre em sites estrangeiros, e algumas imagens, mas nada que me
desse a real dimensão de quem ele realmente foi. Para se ter uma ideia, o verbete
sobre ele na Wikipédia brasileira só tinha data de nascimento, de morte, nome
completo e nacionalidade.
Como
a correção da informação sobre o nome do pintor de Eufrásia ocorreu há poucos
anos, infelizmente outros materiais já haviam reproduzido o nome “Lawlis”, quando
fizeram menção ao quadro: não só textos na internet, como até romances de
grandes editoras. Daí reside a necessidade da precisão das informações cedidas
pelos museus, pois estes, como mantenedores das obras, são quase sempre vistos
como referências incontestáveis sobre seus temas. E essa simples história revela,
mais uma vez, a importância da pesquisa contínua dos museus acerca de seu
acervo, de seu público visitante, de sua história institucional e de seus temas.
Poucos
anos depois, imaginem qual não foi minha surpresa ao deparar-me com Duran duas
vezes, no mesmo dia, em Paris?! Andava pelas salas do Museu d’Orsay, quando um
quadro de grandes dimensões chamou minha atenção. Era uma mulher vestida de
negro, em um fundo sóbrio, lançando sua luva branca ao chão escuro, onde
sabiamente o pintor assinou seu nome em vermelho, bem embaixo da luva: Carolus
Duran, 1869.
(La dame au gant, 1869. Carolus Duran. Museu d'Orsay)
Levei
um susto. Um quadro enorme, exposto em um dos museus mais famosos do mundo, do
mesmo autor do quadro de Eufrásia, que tínhamos em um pequeno e humilde
museu-casa no interior do Estado do Rio de Janeiro. Uma tela daquele mesmo
autor, tão pouco conhecido dos brasileiros, que um dia foi lido como Lawlis.
Andei
mais alguns passos e lá estava outro belo quadro, igualmente grande, de 1897,
de sua filha mais velha na companhia de seus netos. Tentei imaginar a
quantidade de obras importantes na reserva técnica do Museu d’Orsay, para
entender a importância de Carolus Duran para a pintura francesa do século XIX:
obviamente, se um museu com esta reserva escolheu expô-lo, é porque se tratava
de alguém de peso que deveria ser mais conhecido no Brasil.
(Retrato Madame Fayedeau, 1897. Carolus Duran. Museu d'Orsay)
Ao
final do dia, caminhando pelas salas do Petit Palais, outro museu de acervo
conhecidamente invejável, encontro mais dois grandes quadros de Duran que quase
me fizeram cair para trás. A coincidência foi tão grande, que parecia que
Eufrásia estava querendo me mostrar que não havia escolhido um pintor qualquer
para retratá-la, e que nós precisávamos conhecê-lo. Uma das telas representava
a típica parisiense provocativa da segunda metade do século XIX, apertada por
seu espartilho sob um vestido de cetim claro bem justo no corpo, deitada sobre
uma chaise, onde se via cair metros
de saia, franjas e bordados da barra do vestido e uma cauda. Em decote de
festa, estava apoiada em almofadas vermelhas, com um olhar de extrema autoconfiança.
(Mademoisele Lancey,1875. Carolus Duran. Petit Palais)
O outro quadro, vertical e alto, mostrava uma mulher de vestido completamente
vermelho, saindo de um longo e escuro casaco de peles, em um fundo igualmente
avermelhado.
Convencida
de que Eufrásia escolheu um dos retratistas mais famosos de sua época para reproduzi-la,
trago aqui um pouco da biografia e da obra de Carolus Duran, e as possíveis razões
para o seu até então desconhecimento no mundo museal: o ostracismo humilhante a
que foi submetida a pintura acadêmica do século XIX, pela crítica modernista
durante grande parte do século XX. Como se vê, pelos espaços nobres que
pintores como Duran agora ocupam em museus famosos, a pintura acadêmica
oitocentista (anterior às vanguardas impressionistas, simbolistas e
expressionistas de pintores conhecidos à exaustão, como Monet, Klimt ou Van Gogh)
está finalmente em processo de revisão e de nova aceitação pela crítica da
arte.
Charles
Emile Auguste Durand (ou Carolus Duran, seu nome artístico), nasceu em Lille,
nordeste da França, cidade próxima da fronteira com a Bélgica, em quatro de
julho de 1837. Aos 11 anos iniciou seus estudos na Academia de Belas Artes de
Lille, primeiro com aula de desenho com o escultor Augustin Phidias Cadet de
Beaupré, depois, aos 15 anos, iniciou um curso de dois anos de pintura com François
Souchon, um pupilo do consagrado pintor Neoclássico Jacques-Louis David. Deste
início de formação, percebemos que Duran começou pelo o que era praxe na época:
um sistema de aprendizado sólido e uniformizado, acadêmico.
O
método acadêmico de ensino da arte (ou de produção da arte) podia parecer
maçante, repetitivo, pouco criativo e muito hierarquizado (novos passos só eram
dados quando os anteriores já estavam sedimentados), mas era um modelo de “eficiência
comprovada”. Se o aluno terminasse a academia, sendo aprovado em todas as
matérias, podia-se considerar alguém que sabia desenhar e pintar. A
genialidade, no entanto, sempre foi e sempre será graça para poucos.
Em
1853 Duran vai para Paris, onde logo começa a adotar o pseudônimo e, entre 1859
e 1861, frequenta a Academia Suíça (uma escola de pintura mais liberal que a
institucional Academia de Belas Artes). É na Academia Suíça que ele conhece o
Realista Gustave Courbet, um dos revolucionários da pintura oitocentista
francesa. Tornou-se amigo de outro contestador dos cânones da época: Edouard Manet.
Em 1859, Duran conseguiu expor no Salão de Belas Artes pela primeira vez. De
1862 a 1866, viajou para Roma e Espanha, com uma bolsa de estudos de sua cidade
natal. Seu estilo se transforma: negligencia a influência de Courbet pela de
Diego Velázquez. De volta à França, foi premiado pela primeira vez com uma
medalha de ouro no Salão de 1866.
Na
época, os pintores submetiam seus quadros aos salões anuais (por vezes bienais)
das belas artes: era a grande chance de serem vistos, comprados pelo público
visitante e, acima de tudo, era o local onde almejavam receber as medalhas ou
as menções honrosas do Estado francês. A honra máxima era ganhar a medalha de
ouro e ter o quadro comprado pelo Estado. Os quadros medalhistas eram comprados
pelo Estado e levados para o “museu dos artistas vivos”: o Museu Luxemburgo,
uma honra para poucos.[1]
O
Louvre, famoso tanto hoje quanto naquela época também, era um museu de artistas
mortos (os já consagrados mestres). O Museu Luxemburgo era o grande show de
arte contemporânea da época, pois abrigava as obras medalhistas dos artistas
mais recentes ou mortos há menos de 10 anos. Depois de mais de 10 anos de
falecimento, o Estado francês consideraria se era pertinente fazer a mudança das
obras do Museu Luxemburgo para as salas do Louvre (honra inaudita), ou se guardava
as peças nas hoje ditas reservas técnicas (fenômeno mais comum).
O
Museu d’Orsay, um grande mantenedor de pinturas, esculturas e objetos de arte
franceses de meados do século XIX e início do XX (um museu da “modernidade”
artística francesa, muito conhecido por sua formidável coleção impressionista)
diz que – cronologicamente – suas obras estão entre o Louvre (um museu de arte
antiga, medieval, renascentista, barroca, neoclássica e romântica) e o Pompidou
(um museu de arte moderna e contemporânea). Cronologicamente, os visitantes
podem fazer um passeio pela história da arte ocidental (mas, sobretudo, história
da arte francesa) desde o período antes de Cristo, até os dias de hoje (mais de
dois mil anos!), percorrendo Louvre, d’Orsay e Pompidou.
O
Museu d’Orsay abriga inúmeras obras medalhistas do século XIX. Sua expografia
remodelada em 2011, data de seu aniversário de 25 anos, revela a história da
arte francesa oitocentista, sem diminuir a produção acadêmica anterior aos
grandes rompimentos vanguardistas, que o museu também continua a expor, de
forma cronológica e didática em andar distinto: o quinto andar, o mais amado e
buscado por todos os amantes do Impressionismo de Manet, Monet, Renoir, Pisarro,
etc.
É
pela opção de expor os medalhistas que encontramos obras de Carolus Duran em
suas concorridas e consagradoras paredes: o quadro “Madame Feydeau” (retrato de
sua filha, casada com o ator dramático Georges Feydeau, e seus netos) foi
comprado pelo próprio Estado francês em 1897, no salão da Sociedade Nacional de
Belas Artes. Bem antes desse, ainda no
ano de 1869, o quadro “A dama de luvas”, retrato de grandes dimensões da
própria esposa do artista, foi um grande sucesso na exposição do Salão de 1869,
onde obteve uma medalha. Considerado pela crítica como o arquétipo do retrato
formal, de corpo inteiro, a obra revela uma sobriedade na composição, destreza
no desenho e delicadeza no uso restrito da gama de cores, o que lembrava
Ingres. A luva que ela lançou ao chão, sublinhada pela assinatura do artista,
dava uma ideia de movimento. Dava um sentido de instantaneidade moderna ao
quadro. Por essas razões, Emile Zola, amigo dos pintores vanguardistas,
apreciava Carolus Duran. Este quadro também foi comprado pelo Estado, alguns
anos depois, em 1875.
Medalhista de ouro em 1866, depois largamente
elogiado pelo retrato de sua esposa de luvas em 1869, Carolus Duran passa a se
dedicar àquilo que parecia fazer melhor e lhe dar bons frutos: retratos.
Diferente de muitos pintores, hoje consagrados, mas que penaram para
conseguirem sustentar-se da venda de seus quadros e alcançar sucesso em sua
época, a ascensão de Duran foi meteórica, sobretudo porque ele se ligou às
pessoas mais ricas e influentes da sociedade parisiense, ávidas por serem eternizadas.
Como nos diz a plaqueta explicativa do Petit
Palais, ao introduzir o quadro “Retrato de madame Edgar Stern”, Carolus Duran
foi o pintor por excelência da parisiense, ele representava as mulheres
elegantes de seu tempo. Brilhante colorista, de audácia calculada, ele renova o
retrato formal, modernizado por uma preocupação com a verdade e uma maneira de
pintar livre e ampla. Seu sucesso como retratista o conduziu até aos Estados
Unidos, onde pintou as famílias ricas de Nova York. Em Paris, neste quadro
vermelho de 1889, ele representou a esposa do banqueiro Edgar Stern, que também
era escultora. É vermelho sobre vermelho.
(Madame Stern. Carolus Duran. Petit Palais)
E por falar em quadros vermelhos, o que revela sua
habilidade tanto para a delicadeza das poucas cores da “dama de luvas” assim
como para a intensidade das cores quentes, não podemos esquecer o quadro de
Eufrásia. Neste quadro, que só reforça o que já sabíamos dela e agora sabemos
dele, Duran representa uma das mulheres ricas e elegantes da sociedade
parisiense do século XIX, conhecida como “la brésilienne”: em fundo vermelho.
Em uma carta que parece ser de 1878, Eufrásia
escreve ao seu amado Joaquim Nabuco que havia começado a posar para Carolus
Duran: “Passei a semana a mais triste possível, como era
absolutamente necessário distrair-me, comecei o meu retrato, o Carolus
prometeu-me fazer um chef d’ oeuvre e
disse-me que quer perder a reputação que tem, se não for este um dos seus
melhores retratos, como pintura, se entende.” O quadro de Eufrásia foi
terminado em 1887, como se vê pela data colocada por Duran abaixo de sua
assinatura.
Ainda não é possível saber se a atribuição
da data da carta está errada e, ao invés de ser de 1878[2] seria já
avançada na década de 1880, ou se houve uma interrupção grande na pintura do
quadro. É mais provável que a carta seja da década de 1880.
Chef d'ouevre significa obra prima, mas por muito tempo achou-se que a palavra "ouevre" estava grafada como "amour". De qualquer forma, a referência íntima sem apresentações, no trecho “o Carolus prometeu-me”,
nos indica que tanto Eufrásia quanto Nabuco conheciam o pintor, talvez fosse um
amigo de ambos. Alguns acreditam que Eufrásia talvez estivesse tentando enciumar Nabuco
ao fazer referência, em uma carta, a posar para um pintor.
O que é certo é que Duran pintou
este quadro de fundo vermelho de Eufrásia um pouco antes da grande tela escarlate
da madame Stern. E o vermelho esteve presente em muitos outros quadros de Duran,
em um deles até a modelo era ruiva.
Embora não seja considerado
nenhum vanguardista, Duran foi respeitado por Emile Zola como alguém que inovava,
ainda que na medida do gosto do grande público (que é quase sempre
conservador). Segundo Zola, “Carolus-Duran é um habilidoso, ele torna Manet
compreensível ao burguês, ele se inspira indo apenas às limitações conhecidas,
temperando-as ao gosto do público. Acrescentem que é um técnico muito hábil,
sabendo agradar a maioria”.
Se repararmos, apesar do desenho
bem executado, típico do academicismo, há leves toques de uma pintura mais
livre, flertes com algumas pinceladas impressionistas. Carolus-Duran foi capaz
de navegar entre o academicismo e a experimentação de seus contemporâneos mais
ousados, como seu amigo Edouard Manet. Ao fazer um retrato de Manet, um
impressionista, Duran o fez totalmente dentro da técnica do amigo: impressionista.
Ele só não inovava mais para as senhoras da elite, porque elas queriam se ver
na precisão do desenho e não na impressão de um momento.
(Retrato de Edouard Manet. Carolus Duran. Museu d'Orsay.)
(Este quadro não foi comprado pelo Estado, foi doado no século XX, quando o d'Orsay foi criado).
Carolus Duran lecionou pintura em
um ateliê próprio e obteve inúmeros títulos e prêmios: Legião de Honra em 1872,
oficial em 1878, comandante em 1889 e Grande Oficial em 1900. Nos anos de 1889
e 1900, foi membro do júri dessas duas Exposições Universais. Ele foi cofundador
da Sociedade Nacional de Belas Artes, em 1890. Foi eleito membro da Academia de
Belas Artes em 1904. Foi nomeado diretor da Académie de France em Roma, em
1905, cargo que ocupou até 1913. E morreu em Paris em 1917.
Nós batemos os olhos numa
assinatura de Monet e imediatamente a reconhecemos. Olhamos um Andy Warhol pendurado
numa parede e sabemos quem é o autor. Ouvimos falar o nome Van Gogh e
imediatamente lembramos-nos de parte de sua biografia, como seu processo de
loucura, o corte da orelha, as ajudas do irmão. Vemos o sorriso da Monalisa e pronunciamos
sem perceber “Da Vinci”. Esses são monstros sagrados, não os quero comparar com
Duran. Mas acredito que este texto tenha trazido argumentos suficientes para
que nós ao menos saibamos seu nome e tenhamos orgulho de ter um quadro seu em
um museu de orçamento tão modesto, numa pequena cidade do interior fluminense:
mais um dos presentes de Eufrásia, que sempre nos surpreende.
Pergunto-me se museus como o d’Orsay,
o Petit Palais e os museus de Lille sabem que nós também temos um Carolus
Duran: é provável que não. Uma pena, pois o intercâmbio dessas informações
seria interessante, assim como a aparição do quadro de Eufrásia no sistema de
busca pelo nome de Duran na internet. Que ela também seja referência de Carolus
Duran para o mundo todo!
[1]
Para que se pudesse sonhar com tudo isso, no entanto, era preciso primeiro ter
os quadros aceitos por um júri que definia aqueles que poderiam participar do
Salão. A recusa
de muitos trabalhos era praxe e muita polêmica se criava. O ano de 1863
tornou-se célebre, pois três mil artistas submeteram cinco mil trabalhos a
serem apresentados no Salão, que obviamente não teria espaço para tanto. As
recusas começaram e o alvoroço foi tão grande, que os artistas pediram ao
Imperador Napoleão III que tomasse alguma providência, pois pintores e
escultores precisavam daquele espaço para dar visibilidade a seus trabalhos. Napoleão
III, então, ordenou que fosse criado um segundo salão, anexo ao original, com o
nome de “Salão dos Recusados”. Entre os recusados, gente que possuía coragem e
audácia para testar e inovar, estavam pintores hoje consagrados, como o
impressionista Edouard Manet.
[2] Afinal, esta é a carta que vem
datada apenas como “Domingo”. Atribui-se
ao conturbado período “fim de 1877 e início de 1878” por causa do “domingo”
aparentemente irritado, época em que Eufrásia estava irritada por Nabuco ter
prometido ir vê-la, mas não compareceu, o que a obrigou a encurtar férias por
nada. É interessante notar que, apesar de atribuída a 1878, existe uma marcação
a lápis no alto da carta, provavelmente feita por algum funcionário da Fundação
Joaquim Nabuco: “84?” A interrogação permanece.
#Museu #Belgica #Paris #Arte #CasadaHera #EufrasiaTeixeiraLeite #CarolusDuran
Wow...mais uma impressionante surpresa..vinda da casa da hera...aliás surpreendente e fantástica foi a vida de Eufrásia...Parabéns ao autor pela pesquisa e perspicácia impar...!!
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