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sábado, 8 de novembro de 2014

As flores de Bruxelas

     Bruxelas é verde, praticamente um imenso jardim! O que não faltam são grandes parques, como o famoso Bois de La Cambre (“bosque da curva” aqui do lado de casa), a Fôret des soignes (“floresta das curas”), os parques e lagos de Watermael Boitsfort, os de Woluwe, ou o mais longínquo, já fora da cidade, enorme parque de Tervuren. 
     Mas não são só esses, ainda há os parques menores, como o verde em volta dos Etangs d’Ixelles (“lagoas de Ixelles”), o parque Abbey (parque da Abadia) ou Parque do Cinquentenário.

 (Parque do Cinquentenário no verão)

(Cisne no Étang de Woluwe, em frente ao Parque de Woluwe)

 (Casal e bebê caminhando no Parque de Woluwe)

 (Parque de Tervuren no outono)

 (Étang de Ixelles)


     Como se não bastassem esses parques mantidos pela administração de Bruxelas Capital, nós também encontramos um empenho enorme da população para manter jardins privados floridos a maior parte do ano: aqueles pequenos jardins na frente de nossos prédios e nossas casas. 

(Jardim alheio na Avenida Roosevelt)

 (Outro ângulo da mesma casa, cujo jardim está sempre impecável)


(Mar de rosas em Ixelles)


(As roseiras da Embaixada do Iraque, na Avenida Roosevelt)

 
(Mais roseiras nos prédios de Ixelles)

     Quando me mudei para Bruxelas, e vim visitar meu apartamento, já no outono de 2013, não imaginei a surpresa que minha rua me reservava. Foi muito bonito ver as folhas das árvores amarelarem, caírem e um tanto sombrio vê-las totalmente nuas – como árvores de cemitério – durante todo o inverno. Mas na primavera, uma surpresa! Eram todas da mesma espécie, muito semelhante às cerejeiras japonesas, e tingiram de um rosa vivo a rua inteira! Foi incrível!

(Minha rua me encanta)
(Explosão rosa na primavera)

     É também no início da primavera que as prefeituras plantam tulipas, de diferentes cores, nos canteiros e rótulas da cidade! Por sinal, se você planeja conhecer as tulipas da Holanda, no parque de Keukenhof, planeje sua viagem para fins de março, abril todo, ou, no máximo, início de maio! Cheque as informações de abertura do parque na internet!

(Tulipas no Parque Keukenhof, na Holanda. Cuidado ao planejar a viagem: precisa ser primavera)

     É também na primavera que o Palácio de Laeken, onde mora a família real, abre suas estufas por no máximo 15 dias de visitação. Ali vemos explosões lilases de glicínias e toda sorte de florzinhas. 

(Glicínias no Palácio de Laeken)

     Passada a época das tulipas, as rosas também começam a florir. E que força! Há um prédio, não distante da minha casa, cujas rosas brancas formam um espetáculo a parte. E dá-lhe a encontrarmos casas e mais casas plantando suas flores para agradar aos olhos dos transeuntes.

     No verão, até os gramados explodem em floração branca! E as prefeituras penduram cestas de flores em todos os postes da rua! Que mimo, que delicadeza!

(Mimo das prefeituras: flores em cestos no alto dos postes)

     Quando chega o outono, quase não há mais flores para ver. No entanto, chamam o outono de “a segunda primavera”, pela beleza da estação. O espetáculo estará na mudança de cores das folhas nas árvores, no chão coberto de amarelo e vermelho. 

 (Outono na Abadia de Maredsous, apenas 1 hora de Bruxelas)

 (Outono em Ixelles)

Já no inverno, não haverá nada de belo para ver: a não ser que haja neve!

     É como eu digo: se é para fazer frio, que neve logo!

sábado, 25 de outubro de 2014

Castelos da Bélgica


     Tudo mundo que pensa em visitar castelos logo se lembra do Vale do Loire, na França, ou da rota romântica, na Alemanha. São realmente construções impactantes, valem a viagem. No entanto, quase ninguém imagina que a Bélgica também é repleta de castelos...
     Na verdade, considerando-se o tamanho diminuto do território e de população, dizem que a Bélgica tem a maior concentração de castelos do mundo! E nisso incluímos aquelas fortificações típicas da Idade Média, as propriedades portentosas dos séculos XVI e XVII, e os mais abundantes e típicos “châteaux” dos séculos XVIII e XIX. 

     Eles podem não ser tão belos e famosos como um Chambord ou um Chenonceau, mas vamos ver se algum deles chama a sua atenção! Comecemos por uma fortificação medieval:

Citadela de Dinant:
     Dinant é uma cidade localizada ao sul da Bélgica, região da Valônia, portanto de língua francesa. Por ela corre o rio Meuse (Mosa) e as casinhas ficam incrustadas entre os rochedos: é realmente pitoresca. Em Dinant fica a fábrica da Leffe (a cerveja famosa). Como se não bastasse tudo isso, a cidade ainda preserva sua citadela medieval (fortificação de defesa), construída no século XI, no topo de um penhasco, a 100 metros de altura. Você chega até ela pela escadaria (são muitos degraus) ou mais facilmente pelo teleférico. Lá de cima, é possível ter uma visão panorâmica da cidade.


 (Ciclista entre os rochedos de Dinant)

 (Citadela de Dinant lá no alto do penhasco; Catedral de Notre Dame, do século XIII, destruída na Primeira Guerra Mundial e depois reconstruída; Rio Meuse e eu!)

Castelo de Ghent:
     Já fiz um breve resumo de Gent em outro post mais antigo deste blog. É uma cidade bastante procurada pelos turistas que visitam a Bélgica, localizada na região flamenga (Flandres), de língua holandesa. Lá vocês encontram outro castelo medieval, datado do século XII, todo de pedra. Seu nome: Castelo de Gravensteen. 

 
(Castelo de Gravensteen)
     Como estamos falando de Idade Média, nada de luxo: de suas muralhas você pode ter uma visão panorâmica do centro Ghent e andar pelos quartos, agora musealizados com artefatos que foram usados no passado para torturar prisioneiros. No final do percurso, você pode passear pela masmorra do castelo, para ver onde os presos viviam.

** Mas se você não gosta de ruínas tão antigas e prefere castelos com ares mais de residência (palácios) do que ares de defesa, vamos para os outros castelos que podem ser encontrados por aqui: **

Castelo de Freyr:
     Também localizado na Valônia, e banhado pelo rio Meuse (Mosa), está o Castelo de Freyr. Por estar na mesma região de Dinant, os impactantes rochedos também podem ser vistos por lá. Seus enormes jardins e a paisagem em volta são um charme a parte para aqueles que gostam não apenas de visitar interiores de palácios, mas também aproveitar atividades ao ar livre.

(Jardins e Castelo de Freyr, às margens do Meuse)

(Ao fundo, rochedos nos domínios de Freyr)

     O castelo de Freyr também foi uma fortificação na Idade Média, mas continuamente destruído e refeito/modernizado, sua feição atual data do século XVIII.

Castelo de La Hulpe:
     Bem pertinho de Bruxelas, é praticamente um grande parque de contemplação e passeio para os belgas. Vemos muitas crianças de bicicleta e escoteiros. A área é tão grande e linda, típica propriedade nobiliárquica, que eles chamam de “domínio”. Do portão na estrada até o castelo, datado do século XIX, anda-se muito, passando por árvores, lagos com patos e jardins franceses. 

(Beleza do local, com o castelo ao fundo) 


(Jardim francês)


 (Domínio no outono)

(No inverno)

 (Mais uma visão do inverno)

Castelo de Attre:
     Seguindo de Bruxelas em direção a Lille, na França, encontramos ainda em território belga o Castelo de Attre, pertinho das cidades de Ath e Mons. A família herdeira deste castelo ainda o habita: por mais que isso nos choque! Também foi um castelo-forte na Idade Média, mas a casa atual data do século XVIII. Sua parte exterior tem ruínas ajardinadas, animais de grande porte pastando nos domínios nobiliárquicos e lagos. É como contemplar o passado e se perguntar: “será que essa família ainda cobra impostos da população que vive em volta?!”
     A visita interna ao castelo é guiada e muito bem detalhada, a família atual preservou muitos móveis e decorações originais do século XVIII. 

 (Entrada: até hoje uma propriedade privada, pertencente à mesma família)

(Fundos do castelo, com os animais no pasto: bucólico) 

(Hall de entrada)

(Sala de caça, com animais empalhados há mais de 200 anos) 

(Salão principal)

(Vista do jardim e da propriedade nos fundos do castelo, pela janela do Salão principal) 


Castelo de Baloeil:
     Esse parece ser o mais bonito de todos, ainda não o conheço, pois permanece fechado no outono e no inverno, mas é conhecido como o Versalhes da Bélgica. A propriedade também é muito vasta, com jardins, lagos e fosso ao redor de castelo.
     Dizem que, internamente, o castelo é muito luxuoso, sendo o ponto alto a visitação à grande biblioteca.
     Em seus jardins, o frenesi de visitação se dá no festival de música e artes que ocorre anualmente, atraindo grande público. 

(Baloeil, o Versalhes da Bélgica)

 (O fosso do castelo)

(A grande biblioteca!!!)
 
(Festival de artes e música: lindo!)

*** E não podemos nos esquecer dos castelos e palácios já citados aqui no blog, em posts mais antigos, como o Palácio da Família Real de Bruxelas:

  

E do castelo na cidade de Durbuy:


Entre tantos outros que eu ainda não conheço e nem poderia citar!
Mas quando os visitar, trago novas informações!
O que não faltam são belezas nessa Bélgica.
Espero que tenham gostado! =)

Se quiserem visitar esses castelos, não se esqueçam de fazer uma pesquisa na internet para saber datas e horários de funcionamento ao público. Afinal, a Bélgica ainda é uma monarquia e algumas dessas propriedades são habitadas.

terça-feira, 12 de agosto de 2014

Os preços na Bélgica


     Nós sabemos que os preços no Brasil estão pela hora da morte.
     Entre as inúmeras razões para esse fenômeno, existe uma que me irrita bastante: essa febre do "gourmet", do "VIP", do "diferenciado", do "prime", do "exclusivo"... Até pipoca gourmet criaram, para arrancar nosso dinheiro. Tudo que leva esses adjetivos sai absurdamente mais caro. Nossa sorte é nosso humor: alguns gaiatos do Rio criaram uma nova moeda para essa cidade cada dia mais “prime”: o Surreal.
    Não paro de ouvir que as pessoas adoram "degustar" um vinho, que tal prato tem "redução" de tal ingrediente, que tal vinho “harmoniza” com tal comida, que o camarão é "salteado" na manteiga, etc.
    Aqui no blog eu bebo vinho (quem "degusta", pra mim, revira os olhos se deliciando com alguma coisa), "redução" é molho, vinho combina mais ou menos com as comidas e os camarões são fritos na manteiga. E quem cai no desejo de ser “exclusivo” e “diferenciado” é a Sheila do antigo “Terça Insana”, feita pelo hilário Luis Miranda. (http://www.youtube.com/watch?v=MhkTR_d84_M).
     Infelizmente, Bruxelas também é uma cidade relativamente cara, se compararmos com Nova Iorque, Miami, Madri, Lisboa, Berlim, Budapeste, etc. No entanto, ainda não é surreal como as cidades da Suíça, da Dinamarca, ou com o que vem se tornando – pasmem – Rio e Brasília. Por isso, podemos comparar preços e cair para trás com a margem de lucro de alguns empresários brasileiros.

     Vamos começar pelas cervejas:
     Eu moro na Bélgica e não bebo cerveja – é... eu sei, é um desperdício, mas é a verdade – porém, de tanto ver meus amigos bebendo, aprendi algumas coisas. Por exemplo, que as cervejas trapistas são as melhores.  
     Pelo que li no blog de cervejas artesanais, o Lupulinas, os monges produtores de cerveja trapista são da Ordem dos Cistercienses Reformados de Estrita Observância e que, mesmo existindo 170 mosteiros desta ordem no mundo, apenas sete têm licença para produzir cerveja. Seis deles ficam na Bélgica (Rochefort, Westmalle, Westvleteren, Orval, Achel e Chimay) e só um na Holanda (La Trappe). Ou seja: a área é essa, onde moro! O paraíso da cerveja: a Bélgica e sua vizinha Holanda. 
     (Fonte: http://lupulinas.cartacapital.com.br/westvleteren-melhor-cerveja-do-mundo-que-so-se-bebe-ali-perto-onde-os-monges-produzem/)
        Uma Chimay no Brasil, por exemplo, não sai por menos de 20 ou 25 reais. Quanto custa aqui no supermercado? 1 euro. É: 1 euro. Corrijo: 1 euro e 02 centavos, vejam na foto abaixo:

 
     Nos restaurantes e bares, você pagará no máximo 4 euros. No Brasil seria quanto?
    Isso se explica apenas pelo fato dessa cerveja ser importada? 1 euro seria no máximo 3 Reais e 50 centavos. Mesmo que os impostos de importação fossem de 100% do valor da cerveja, mais o frete e o lucro do vendedor, tem algo de errado nesses 25 reais: eu posso estar enganada, mas vejo ganância associada à venda de uma ideia de status, exclusividade, gourmet, diferenciado, harmonizado, VIP.

     Ouvi dizer que duas ótimas cervejas belgas, de propriedade da InBev (associação da Ambev à cervejaria belga Interbrew) começaram a ser produzidas no Brasil, como Leffe e Stella Artois. E que – pasmem – como o preço baixou um pouco e elas se popularizaram mais, há quem agora as desdenhe! Quem? Gente VIP... Pois saibam que a Leffe aqui no supermercado estava um pouco mais cara que a Chimay: custava 1 euro e 54 centavos a unidade.
     O conjunto de 4 garrafas não fazia abatimentos, saindo por 6 euros e 15 centavos:


     Outra trapista, a Westmalle, sai por 1 euro e 02 centavos; a Rochefort sai por 2 euros e 12 centavos; e a La Trappe sai por 1 euro e 43 centavos:


     Também aprendi que essas cervejas trapistas são mais fortes, com alto teor alcoólico, e que nem todos do Brasil – acostumados a cervejas leves e a beber uma atrás da outra em churrascos e bares – costumam gostar. Beber uma só e parar, nem sempre é o que as pessoas querem. Mas aqui na Bélgica também tem cerveja levinha, como a Jupiler. A latinha sai por 95 centavos. Ou o grupo de 6 latas sai por 5 euros e 69 centavos:


     Aqui também descobri algo que antes me parecia inacreditável: cervejas achampagnadas! Elas vêm com as rolhas de champagne e tudo. São garrafas maiores e costumam ser mais caras. Amigos provaram uma das mais famosas, a Deus (é esse nome mesmo: Deus) e acharam bem estranho.
     Encontrei uma Deus em Bruges por 18 euros e 20 centavos. O que daria no máximo 63 Reais, mas é vendida a mais de 200 Reais no Brasil!!!


      Mas existem outras cervejas achampagnadas (quase todas têm essa linha, na verdade), inclusive a Leffe:


   Aqui também encontrei algumas cervejas bem inusitadas: como a La Corne, cujo copo é um chifre mesmo:

    
     Cervejas de côco, banana, cereja (a famosa Kriek que faz sucesso entre as mulheres) e outras excentricidades. Meu marido não gostou:


     A Delirium Tremens, do elefantinho rosa, que faz muito sucesso:





    

(Cerveja comemorativa aos 100 anos da Primeira Guerra Mundial, vendida em Bruges) 

(O que não falta é cerveja diferente!)

     Mas é claro que nem só de cervejas vive um supermercado! =)
     Tem também vinhos e chocolates! =)

     Encontramos vinhos por 3, 4 ou 5 euros. Os espumantes, um pouco mais caros, saem por 7, 8 ou 11 euros. 

     Mas e aqueles que carregam a denominação de origem de “champagne” e são mundialmente famosos e desejados, como um Veuve Clicquot?! Estão por 33 ou 34 euros (uns 105 reais), embora sejam vendidos no Brasil por 300 reais (255 se você tiver sorte).


     Mesmo os vinhos chilenos, que aqui também são vendidos no supermercado, assustam na comparação dos preços. Afinal, eles vêm de mais longe, e tem o mesmo preço do Brasil. Custam uns 5 euros e 55 centavos (o que na conversão daria uns 17 reais, o preço que é cobrado no Brasil mesmo). Estranho, ne?


     O fato é que também não conheço nada de vinhos e como pouco chocolate... (Sei que não estou vivendo uma verdadeira experiência belga). Mas lembro de um amigo que mandou uma mensagem de whatsapp todo entusiasmado com um chocolate belga que ela havia comido. Pensei: deve ser de uma dessas chocolaterias famosas que tem por aqui, como a Leônidas, a Godiva, a Neuhaus ou a Pierre Marcolini. Não era! Era com um Côte D’Or! Fiquei surpresa, afinal, Côte D’Or é um chocolate de supermercado! Baratinho mesmo. Prometi levar vários para ele quando eu fizesse uma viagem de volta.




     A questão é que aqui os produtos de supermercado (que não são “exclusivos”) são muito bons mesmo. E mesmo quando você quer meter o pé na jaca da “exclusividade”, como comprar chocolates Neuhaus – empresa fornecedora da família real belga –, você pode fazer de um jeito mais econômico. Não compre nas lojas Neuhaus espalhadas pela cidade, elas são caras. 25 euros, 30 euros uma caixa com poucos ganaches e trufas de chocolates. Linda, com os símbolos de Bruxelas, chique, maravilhosa: mas cara! Existe um OUTLET da Neuhaus, onde você compra as mesmas caixas por quase a metade do preço!
E – preste atenção – se você comprar uma caixa simples de papelão, sem identificação e parafernálias fofas, com 1 KG de chocolates (ganaches, trufas, pralinés, etc) sai por 20 euros. Eu disse: 1 KG de Neuhaus!

     Esse post já está muito grande. Depois prometo fazer um novo post com os preços de produtos menos alcoólicos ou menos açucarados! =)
     A tristeza está no preço das carnes de vaca, frango e peixes... =(  Nas caixas de suco e algumas frutas.


     PS: Sei que não devemos simplesmente converter o Euro para Real, para sabermos o verdadeiro impacto do preço das coisas. Para um turista, até faz sentido, mas para entender o impacto financeiro na vida das pessoas não. Afinal, como o salário mínimo aqui na Bélgica é de 1.200 euros (o que daria +/- 3.600 reais), contra os quase 800 reais que pagamos no Brasil, uma cerveja de 1 euro é sim, para um belga, muito mais barata que uma cerveja de 3 reais para um brasileiro (em relação a sua proporção no salário), embora a conversão seja essa. Ou seja: os preços aqui são de fato mais baratos e têm um impacto menor no salário dos belgas.