Se o Pairi Daiza
estivesse em qualquer cidade cosmopolita do mundo, e não perdido no interior
belga, seria transformado no que verdadeiramente é: um destino fantástico!
Vocês já repararam que
algumas atrações meramente “OK” em cidades como Paris ou Nova York se tornam
mundialmente famosas e cobiçadas por milhões de pessoas que sonham em
visitá-las? Daí você vai lá e nem é tão incrível assim? Enquanto lugares
maravilhosos, como Inhotim nas franjas de Belo Horizonte ou Jerash nas areias
da Jordânia, continuam praticamente desconhecidos ou inacessíveis à maior parte
dos turistas do mundo? Pois bem, o Pairi Daiza é uma dessas maravilhas perdidas
nos sertões belga.
Tudo começou em 1994,
quando Eric Domb resolveu comprar um terreno – bem, digamos “um pouco”
abandonado. Eram 55 hectares de uma antiga abadia cisterciense (a Abadia
Cambrom-Casteau) que lá estava desde o século XII! Monges cistercienses são os
habilitados a fazerem cerveja trapista. Mas no terreno só restavam ruínas da
igreja de 1774 (que substituiu as edificações clericais medievais no local). A
compra se resumia às ruínas da enorme torre do século XVIII, o cemitério dos
clérigos (com 700 monges enterrados), o antigo moinho com a roda d’água, um
palacete construído no século XIX e muito espaço vazio. Eric Domb resolveu
fazer um aviário no local, com pássaros tropicais e deu o nome de Paradiso. Mas
quem iria naquele lugar ver pássaros? Bom: os belgas foram.
E o parque foi crescendo,
ele resolveu diversificar os animais e introduziu répteis, depois resolveu transformar
o palacete do século XIX em aquário, e logo se convenceu que precisava
transformar o parque numa miniatura da arquitetura, da flora e da fauna do
mundo! Simples assim: criar mundos. E já existem 7 mundos nesse parque que foi
rebatizado com outro nome que lembra um paraíso: Pairi Daiza.
Os mundos são “La Lagune”, “La Vallée de la Source”, “La Porte du Ciel”, “La
Terre des Origines”, “La Porte des Profondeurs”, “La Terre du Froid” e os dois
mais belos lugares do parque: “Le Royaume de Ganesha” e “La Cité des Immortels”.
O Reino de Ganesha é uma
imersão na cultura hinduísta. Réplicas da arquitetura indiana estão em várias
construções nesse mundo que não se prende só à Índia, vai também mergulhando mais
profundamente na Ásia, trazendo Indonésia, Camboja, Bali e Timor Leste aos
nossos olhos!!! Em honra ao Camboja, eles fizeram o Templo dos Tigres e lá expõem
dois tigres brancos: um luxo! Existem os campos de arroz, plantados em degraus,
os elefantes, pássaros, pavões com suas enormes caudas andando ao nosso lado.
Lindezas por todos os lados: megalomania até a raiz de cada planta, cada pedra,
cada templo, cada animal.
A delicadeza está no
Reino da Cidade dos Imortais, onde a China surge aos nossos olhos. Só a
construção monumental do Templo Budista já seria ponto turístico em qualquer
lugar do mundo, mas ali ainda tem como vizinhos o grande restaurante o Templo
das Delícias, a construção e o pátio do Mercado de Chá, a Casa do Chá, o
Caminho da Cura, e o jardim do Portão da Lua. O grande chamariz dessa área são
os Pandas gigantes que Eric Domb conseguiu comprar da China. E comprovando o
excelente trabalho de climatização e adaptação do lugar e seus veterinários, os
Pandas tiveram um filhote, que virou a sensação do parque no último ano de
2016.
Girafas, leões, suricatos,
javalis e búfalos estão no reina da Terra das Origens: claramente as Savanas
Africanas. Até vilarejos do interior do Togo e do Benin estão ali reproduzidos,
o que encanta as crianças.
Se você tem filhos
pequenos, eles vão amar a mini fazenda com cabras, galinhas, patos, porquinhos
e outros bichinhos que podem acariciar.
É, portanto, um
zoológico, um jardim botânico, um sítio histórico com ruínas, e de valor
educacional em matéria de arquitetura e cultura mundial inestimável.
Se você quiser visitar,
saiba que Pairi Daiza abre TODOS OS DIAS DA SEMANA, de 1 de Abril até 5 de
Novembro de 2017 (se você for em 2018, espere pela divulgação do calendário
deles). Obviamente o parque fecha nos meses de inverno (de novembro até o final
de março), e os animais devem ser acondicionados em lugares fechados, ao menos
com um teto. Afinal, seria bizarro que caísse neve em cima de uma girafa.
O parque fica em
Brugelette, entre as cidades de Mons e Ath.
Aqui está o endereço
para colocar no seu GPS do carro:
Domaine de Cambron à B-7940 Brugelette (Belgium).
Os tickets comprados pela
internet custam 29 euros e 80 centavos para adultos, e 24 euros e 80 centavos
euros para crianças entre 3 e 11 anos. (Se você for comprar na bilheteria do
parque é MAIS caro! Presta atenção). Se você mora na Bélgica, pode comprar um
passe anual. Obviamente mais caro, mas se você for ao menos 2 vezes ao parque
já paga o valor do investimento e ele também te deixa isento de pagar o
estacionamento.
Para mais informações
aqui está o site:
E os telefones:
Tel. : + 32 (0) 68 250
850
Fax : + 32 (0) 68 455 405
Programem-se: abril já
está logo, logo aí!
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