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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Pairi Daiza – o incrível zoológico belga



Se o Pairi Daiza estivesse em qualquer cidade cosmopolita do mundo, e não perdido no interior belga, seria transformado no que verdadeiramente é: um destino fantástico!


Vocês já repararam que algumas atrações meramente “OK” em cidades como Paris ou Nova York se tornam mundialmente famosas e cobiçadas por milhões de pessoas que sonham em visitá-las? Daí você vai lá e nem é tão incrível assim? Enquanto lugares maravilhosos, como Inhotim nas franjas de Belo Horizonte ou Jerash nas areias da Jordânia, continuam praticamente desconhecidos ou inacessíveis à maior parte dos turistas do mundo? Pois bem, o Pairi Daiza é uma dessas maravilhas perdidas nos sertões belga.


Tudo começou em 1994, quando Eric Domb resolveu comprar um terreno – bem, digamos “um pouco” abandonado. Eram 55 hectares de uma antiga abadia cisterciense (a Abadia Cambrom-Casteau) que lá estava desde o século XII! Monges cistercienses são os habilitados a fazerem cerveja trapista. Mas no terreno só restavam ruínas da igreja de 1774 (que substituiu as edificações clericais medievais no local). A compra se resumia às ruínas da enorme torre do século XVIII, o cemitério dos clérigos (com 700 monges enterrados), o antigo moinho com a roda d’água, um palacete construído no século XIX e muito espaço vazio. Eric Domb resolveu fazer um aviário no local, com pássaros tropicais e deu o nome de Paradiso. Mas quem iria naquele lugar ver pássaros? Bom: os belgas foram.
E o parque foi crescendo, ele resolveu diversificar os animais e introduziu répteis, depois resolveu transformar o palacete do século XIX em aquário, e logo se convenceu que precisava transformar o parque numa miniatura da arquitetura, da flora e da fauna do mundo! Simples assim: criar mundos. E já existem 7 mundos nesse parque que foi rebatizado com outro nome que lembra um paraíso: Pairi Daiza.


Os mundos são “La Lagune”, “La Vallée de la Source”, “La Porte du Ciel”, “La Terre des Origines”, “La Porte des Profondeurs”, “La Terre du Froid” e os dois mais belos lugares do parque: “Le Royaume de Ganesha” e “La Cité des Immortels”.
O Reino de Ganesha é uma imersão na cultura hinduísta. Réplicas da arquitetura indiana estão em várias construções nesse mundo que não se prende só à Índia, vai também mergulhando mais profundamente na Ásia, trazendo Indonésia, Camboja, Bali e Timor Leste aos nossos olhos!!! Em honra ao Camboja, eles fizeram o Templo dos Tigres e lá expõem dois tigres brancos: um luxo! Existem os campos de arroz, plantados em degraus, os elefantes, pássaros, pavões com suas enormes caudas andando ao nosso lado. Lindezas por todos os lados: megalomania até a raiz de cada planta, cada pedra, cada templo, cada animal.



A delicadeza está no Reino da Cidade dos Imortais, onde a China surge aos nossos olhos. Só a construção monumental do Templo Budista já seria ponto turístico em qualquer lugar do mundo, mas ali ainda tem como vizinhos o grande restaurante o Templo das Delícias, a construção e o pátio do Mercado de Chá, a Casa do Chá, o Caminho da Cura, e o jardim do Portão da Lua. O grande chamariz dessa área são os Pandas gigantes que Eric Domb conseguiu comprar da China. E comprovando o excelente trabalho de climatização e adaptação do lugar e seus veterinários, os Pandas tiveram um filhote, que virou a sensação do parque no último ano de 2016.




Girafas, leões, suricatos, javalis e búfalos estão no reina da Terra das Origens: claramente as Savanas Africanas. Até vilarejos do interior do Togo e do Benin estão ali reproduzidos, o que encanta as crianças. 


Se você tem filhos pequenos, eles vão amar a mini fazenda com cabras, galinhas, patos, porquinhos e outros bichinhos que podem acariciar.

É, portanto, um zoológico, um jardim botânico, um sítio histórico com ruínas, e de valor educacional em matéria de arquitetura e cultura mundial inestimável.

Se você quiser visitar, saiba que Pairi Daiza abre TODOS OS DIAS DA SEMANA, de 1 de Abril até 5 de Novembro de 2017 (se você for em 2018, espere pela divulgação do calendário deles). Obviamente o parque fecha nos meses de inverno (de novembro até o final de março), e os animais devem ser acondicionados em lugares fechados, ao menos com um teto. Afinal, seria bizarro que caísse neve em cima de uma girafa. 

O parque fica em Brugelette, entre as cidades de Mons e Ath.
Aqui está o endereço para colocar no seu GPS do carro:
Domaine de Cambron à B-7940 Brugelette (Belgium).

Os tickets comprados pela internet custam 29 euros e 80 centavos para adultos, e 24 euros e 80 centavos euros para crianças entre 3 e 11 anos. (Se você for comprar na bilheteria do parque é MAIS caro! Presta atenção). Se você mora na Bélgica, pode comprar um passe anual. Obviamente mais caro, mas se você for ao menos 2 vezes ao parque já paga o valor do investimento e ele também te deixa isento de pagar o estacionamento.

Para mais informações aqui está o site:

E os telefones:
Tel. : + 32 (0) 68 250 850
Fax : + 32 (0) 68 455 405

Programem-se: abril já está logo, logo aí!