Eu prometi fazer esse post há
alguns meses. Acabei me encantando por outros assuntos, mas o faço agora, já
que o palácio encontra-se novamente aberto a visitação, até 7 de setembro.
Sim, é preciso correr, pois o
palácio só fica aberto 6 semanas por ano. Agosto inteiro e um pedacinho de
setembro: é assim desde 1976. Ele localiza-se na colina de Coudenberg, onde
antes existia o antigo Palácio de Coudenberg, morada dos Duques de Brabant e
governantes austríacos e espanhóis (entre eles Carlos V), mas que pegou fogo em
1731 e foi totalmente destruído.
(Antigo Palácio de Coudenberg, existente desde o século XII e continuamente aumentado e reformado até o século XVIII, quando foi destruído por um incêndio)
As ruínas lá permaneceram por
algumas décadas, mas foram diminuídas e soterradas para a construção do novo
palácio, que se iniciou em 1780.
Um dia faço um post sobre a
intricada história belga, mas já adianto que sua independência ocorreu em 1830,
e o primeiro rei belga, Leopoldo I, logo se mudou para o palácio. Algumas
mudanças foram feitas nessa época, mas a aparência grandiosa e neoclássica que ele
hoje apresenta se deu nas reformas do rei Leopoldo II, o tal que lamentavelmente
foi dono do Congo.
Se você puder esquecer-se de onde
vinha o dinheiro para a reforma do palácio, e apenas apreciar sua beleza, saiba
que foi no reinado de Leopoldo II que a Grande Sala do Trono, repleta de
lustres de cristal; o Salão de Mármore; a Escadaria de Veneziana; e a fachada
clássica em estilo Luis XVI foram realizadas. Algumas dessas obras se estenderam
após sua morte, em 1909. O lugar é lindo! Há também uma sala para recreação
infantil, no final da visita.
(A grandiosa Sala do Trono e seus inúmeros lustres)
(Escadaria com pinturas a óleo de Veneza, feitas em 1867 por Jean-Baptiste van Moer)
(Outro ângulo da Escadaria Veneziana)
(Retratos de Leopoldo I e sua esposa Louise-Marie)
(Detalhes dos adornos e mobiliários)
(Espaço para recreação infantil)
Para quem quiser visitar o museu
arqueológico que vai aos subterrâneos do antigo palácio medieval de Coudenberg
(o que pegou fogo), a entrada se dá pelo Museu Belvue, que fica ao lado do
palácio real. A visitação dessas ruínas subterrâneas custam 6 euros, já o
palácio real tem entrada gratuita.
Se você não consegue
desvincular a beleza do prédio com a possessão do Congo no século XIX, saiba
que ao menos não há cobrança de ticket de entrada...
(Fachada do palácio)
Lembre-se: De 22 de julho a 7 de
setembro!
Não abre segundas-feiras.
Visitação de terça a domingo, de 10:30 até às 17:00h, última entrada às 16:30.
Entrada franca.
Nenhum comentário:
Postar um comentário